EMBAIXADA DA SUÉCIA

A Embaixada da Suécia em Brasília foi concluída em 1974 e inaugurada um ano depois, após vinte meses de construção.

A Embaixada da Suécia em Brasília foi concluída em 1974 e inaugurada um ano depois, após vinte meses de construção. O projeto arquitetônico e o de design de interiores são do renomado arquiteto sueco Helge Zimdal, que ficou conhecido em seu país de origem por ter projetado uma série de edifícios escolares. Foi professor em uma das universidades suecas mais prestigiadas, a Chalmers Tekniska Högskola. Após receber o convite oficial do governo brasileiro na época do presidente Kubitschek, o arquiteto foi contratado em 1966 para criar o projeto.
Neste projeto, ele procurou construir uma edificação que pudesse atender às demandas da força de trabalho da embaixada, e tomou a decisão incomum de incluir o alojamento do pessoal no plano. Os desenhos do sueco foram enviados para aprovação de Lucio Costa, que ficou surpreso com o layout simples dos edifícios, contrariando o costume vigente na época de construir prédios de embaixadas grandiosos e que demonstrassem poder.
A embaixada sueca em Brasília consiste em um grupo de pequenos prédios baixos cobertos com azulejos azuis e telhas vermelhas em espigão, agrupados em forma de quadrado. Poderia facilmente ser confundida como sendo de qualquer pequena cidade sueca, até porque se encontra na mesma rua em que estão as outras quatro embaixadas que representam os outros países nórdicos, dando à região a aparência de uma aldeia escandinava.
A arquitetura é uma interpretação livre e austera de uma mansão rural sueca, devido à localização hierárquica e prática dos edifícios. Como um todo, a embaixada é uma afirmação muito discreta da condição de um Estado, o que reflete os sentidos gerais de modéstia, simplicidade e funcionalismo do povo sueco. O gosto pelas artes plásticas e o gosto pelo design também podem ser vistos na embaixada, que possui uma rica coleção de arte e mobiliário da época em que ela foi construída, enviada ao Brasil diretamente da Suécia.
Juntamente com a consultora têxtil, artista e designer Astrid Sampe, Zimdal criou ambientes cleans, amplos, com tons claros e peças de decoração coloridas, como no hall de entrada da residência do embaixador, onde se pode ver, ao fundo, à direita, a escada de mármore que leva à sala de desenho no andar de baixo. Lá, estão mobiliários genuinamente suecos que seguem o mesmo estilo de decoração do restante da embaixada e, iluminado pela luz natural proveniente das grandes janelas, o ambiente ganha vida com os sofás estampados e com as almofadas coloridas. No detalhe da sala, está a obra Avsked (adeus, em tradução literal), da artista sueca Maria Lönnby.
A decoração artística da sala de jantar continua original, com duas tapeçarias assinadas pela artista Marianne Richter: Ett skeppkommer lastat e Kubitsar, ambas tecidas por Märta Maas Fjetterström. Essas pinturas são tradicionais no país e são caracterizadas pela rusticidade e motivos florais. Acessórios originais em vidro fabricado pela Orrefors, renomado fabricante sueco de peças de vidro, também permanecem.
A Suécia desfruta de excelentes e duradouras relações diplomáticas com o Brasil. Uma prioridade recorrente para a embaixada da Suécia e consulados tem sido o crescimento e a expansão de indústrias suecas e de empresas residentes no Brasil. Atualmente, a indústria sueca é representada por aproximadamente 220 empresas em todo território nacional, mais concentradas em São  Paulo, que, juntas, são responsáveis por mais de 55 mil empregos no país. Além disso, durante a última década, a Suécia tem desenvolvido uma parceria estratégica com o governo brasileiro nas áreas política, cooperação multilateral, defesa, comércio, investimento, desenvolvimento sustentável, ciência e alta tecnologia, cultura e educação.