EMBAIXADA DA COLÔMBIA

Os edifícios da Embaixada da Colômbia e a residência oficial do embaixador colombiano, ambos assinados pelo arquiteto responsável ...

Os edifícios da Embaixada da Colômbia e a residência oficial do embaixador colombiano, ambos assinados pelo arquiteto responsável Cesar Barney, tiveram seus projetos de arquitetura, instalações e cálculo concluídos em 1979.  A obra licitada, no entanto, só chegou a ser inaugurada dois anos depois, em setembro de 1981, pelos presidentes Julio Turbay Ayala, da Colômbia, João Batista Figueiredo, do Brasil, e o até então embaixador colombiano German Rodrigues Fonnegra. Barney é um profissional experiente quando se trata de edificações que abrigam embaixadas: ele participou como assessor e consultor de concursos e reformas das embaixadas da Alemanha, Chile, Argentina, Peru, Espanha, Egito, África do Sul, Grécia e da residência oficial do embaixador do Canadá. Com esta bagagem, o arquiteto conseguiu facilmente transmitir, através da arquitetura, o que o governo colombiano esperava de sua nova embaixada em Brasília.

De acordo com o profissional, o Ministério de Relações Exteriores da Colômbia forneceu um programa detalhado dos cômodos a serem projetados e a área aproximada de cada um deles. Os edifícios, que juntos somam aproximadamente 2.100 metros quadrados, são essencialmente funcionais e sóbrios e foram cuidadosamente orientados para aproveitar a vista do lago Paranoá, para evitar o sol poente e poderem ser utilizados de forma harmoniosa e independente no dia a dia da família do embaixador, com os funcionários e o público que frequenta a embaixada. As linhas retas horizontais, o concreto aparente dos prédios e o portal da chancelaria com pé direito duplo reforçam este propósito e seguem o estilo arquitetônico que prevalece na capital federal. No interior da embaixada, o ponto alto do projeto é o belo átrio com espelho d´água e um totem pré-colombiano esculpido em pedra e que foi trazido do parque San Agustín, no estado colombiano de Huila. De acordo com a cultura local, os desenhos esculpidos nas pedras representam os deuses que os índios adoravam antes da chegada dos espanhóis.

A residência do embaixador, por sua vez, apresenta ambientes amplos e integrados com o ambiente exterior, devido ao fechamento de vidro nas áreas sociais, como é possível ver nas diversas salas de estar da casa. O vestíbulo e a entrada para a sala de jantar da residência revelam a escolha por materiais nobres como madeira e mármore para os acabamentos e mobiliários, predominantemente clássicos com cores claras que demonstram a sofisticação do projeto. Na entrada social da residência, mais um belo espelho d´água e palmeiras humanizam a sobriedade do edifício e oferecem conforto térmico para o clima árido do Planalto Central em determinadas épocas do ano.