O JARDIM SUSPENSO DE NOVA YORK
Um parque verde sobre um antigo trilho de trem em NYC.
Publicado em: 02/06/2014
Por Julia Fernández
Designer de Produto e Publicitária, com MBA em Luxury Brand Management. Especialista em Branding Olfativo.
Se há quinze anos fosse escrito que projetariam um parque suspenso em uma antiga ferrovia dentro do Meatpacking District, lado oeste de Manhattan, em Nova York, isso seria certamente motivo de piada. O bairro onde hoje localiza-se o High Line Park era um dos distritos mais sujos e fétidos da cidade. Um açougue a céu aberto. Ali, as carnes eram cortadas, embaladas e distribuídas para os quatro cantos de NY. Mas foi com a passagem dos anos e com a propaganda do seriado Sex and the City que o Meatpacking District transformou-se em um reduto fashion e gastronômico, um dos bairros mais badalados da cidade.
O High Line Park foi projetado sobre uma antiga ferrovia, construída nos anos 30, que transportava cargas perigosas que não podiam transitar no centro urbano. Nos anos 80, a ferrovia foi desativada, e passou-se bastante tempo até que o projeto se tornasse realidade.
Sob a liderança de Joshua David e Hammond, fundadores do Friends of the High Line, foi criada uma campanha em prol da revitalização da ferrovia. A prefeitura tinha planos de demolição do parque, o que mobilizou os tradicionalistas a criarem um plano para salvá-lo. Foram arrecadados US$ 44 milhões da iniciativa privada e US$ 152 milhões públicos, vindos da prefeitura. Em janeiro de 2003, realizou-se um concurso, no qual foram apresentados 720 projetos de 36 países diferentes. Os ganhadores foram os escritórios de arquitetura e urbanismo Diller Scofidio + Renfro e o escritório de paisagismo de James Corner Field.
Desde que foi inaugurado, em junho de 2009, o parque é um sucesso. Ao longo da passarela, há uma combinação perfeita entre o urbano, pontos de descanso e interação social e uma incrível variedade de vegetação – existem mais de 100 espécies diferentes de plantas, que foram inspiradas nas plantas selvagens que ali cresceram, quando a ferrovia foi abandonada.
Uma das características mais impactantes no projeto são os trilhos preservados que fazem um equilíbrio perfeito com os blocos de concreto que foram inseridos, criando uma estética linear e moderna. Nos mesmos trilhos, foram inseridos chaise lounges de madeira. Amplas e confortáveis. No verão, um dos programas prediletos dos nova-iorquinos que trabalham na região é comprar um sanduíche nas delicatessens do Chelsea e almoçar no Highline... E por que não se bronzear também? Não é difícil encontrar quem se aventure a ficar de biquíni ali no burburinho do High Line Park.
Ainda são promovidas algumas atividades, como, por exemplo, às terças à noite, quando ocorre um evento chamado “Stargazing at High Line”, momento em que astrônomos amadores podem observar as estrelas através de poderosos telescópios instalados no local. O aclamado museu Whitney também promove sessões artísticas, incentivando as crianças a terem uma visão sensível do parque, por meio de workshops de pintura e desenho. A interação com o High Line também acontece em interfaces de mídia social. No website do parque, pode-se encontrar não somente informações sobre o local e seus eventos, mas também um blog, toda uma linha de produtos sob assinatura do High Line Park, e ainda é possível “seguir” o parque no twitter. Conexão total para poder aproveitar todos os recursos oferecidos.
A ideia dos autores era “reajustar um veículo industrial e transformá-lo em um instrumento de prazer pós-industrial”. O espaço do High Line Park se tornou um dos lugares mais charmosos da cidade. A sensação de estar ali é de nostalgia, de poder parar no meio da cidade, onde tempo é dinheiro, e aproveitar alguns instantes de puro prazer.
Recentemente, o High Line Park abrigou um trabalho que é resultado da parceria entre o maior street artist do mundo, Banksy, com os grafiteiros brasileiros Os Gêmeos. Para ver o resultado dessa união, clique aqui.
O High Line Park foi projetado sobre uma antiga ferrovia, construída nos anos 30, que transportava cargas perigosas que não podiam transitar no centro urbano. Nos anos 80, a ferrovia foi desativada, e passou-se bastante tempo até que o projeto se tornasse realidade.
Sob a liderança de Joshua David e Hammond, fundadores do Friends of the High Line, foi criada uma campanha em prol da revitalização da ferrovia. A prefeitura tinha planos de demolição do parque, o que mobilizou os tradicionalistas a criarem um plano para salvá-lo. Foram arrecadados US$ 44 milhões da iniciativa privada e US$ 152 milhões públicos, vindos da prefeitura. Em janeiro de 2003, realizou-se um concurso, no qual foram apresentados 720 projetos de 36 países diferentes. Os ganhadores foram os escritórios de arquitetura e urbanismo Diller Scofidio + Renfro e o escritório de paisagismo de James Corner Field.
Desde que foi inaugurado, em junho de 2009, o parque é um sucesso. Ao longo da passarela, há uma combinação perfeita entre o urbano, pontos de descanso e interação social e uma incrível variedade de vegetação – existem mais de 100 espécies diferentes de plantas, que foram inspiradas nas plantas selvagens que ali cresceram, quando a ferrovia foi abandonada.
Uma das características mais impactantes no projeto são os trilhos preservados que fazem um equilíbrio perfeito com os blocos de concreto que foram inseridos, criando uma estética linear e moderna. Nos mesmos trilhos, foram inseridos chaise lounges de madeira. Amplas e confortáveis. No verão, um dos programas prediletos dos nova-iorquinos que trabalham na região é comprar um sanduíche nas delicatessens do Chelsea e almoçar no Highline... E por que não se bronzear também? Não é difícil encontrar quem se aventure a ficar de biquíni ali no burburinho do High Line Park.
Ainda são promovidas algumas atividades, como, por exemplo, às terças à noite, quando ocorre um evento chamado “Stargazing at High Line”, momento em que astrônomos amadores podem observar as estrelas através de poderosos telescópios instalados no local. O aclamado museu Whitney também promove sessões artísticas, incentivando as crianças a terem uma visão sensível do parque, por meio de workshops de pintura e desenho. A interação com o High Line também acontece em interfaces de mídia social. No website do parque, pode-se encontrar não somente informações sobre o local e seus eventos, mas também um blog, toda uma linha de produtos sob assinatura do High Line Park, e ainda é possível “seguir” o parque no twitter. Conexão total para poder aproveitar todos os recursos oferecidos.
A ideia dos autores era “reajustar um veículo industrial e transformá-lo em um instrumento de prazer pós-industrial”. O espaço do High Line Park se tornou um dos lugares mais charmosos da cidade. A sensação de estar ali é de nostalgia, de poder parar no meio da cidade, onde tempo é dinheiro, e aproveitar alguns instantes de puro prazer.
Recentemente, o High Line Park abrigou um trabalho que é resultado da parceria entre o maior street artist do mundo, Banksy, com os grafiteiros brasileiros Os Gêmeos. Para ver o resultado dessa união, clique aqui.