CASA LUZ

Giselle Motta assinou um projeto arquitetônico de conceito arrojado e materiais requintados, estimulando a convivência familiar.

Ao combinar diferentes e simultâneos sons em acordes agradáveis aos ouvidos, a música se faz harmonia. Semelhantemente, o projeto arquitetônico deve buscar a unidade entre as normas e regras de uso e o aproveitamento racional e sustentável do solo, produzindo uma composição funcional e estética que alcance e desperte os sentidos.
Para a definição de parâmetros do projeto, tais como tamanho dos ambientes, cores, movimentos, materiais e tecnologias, foi essencial a compreensão dos desejos e necessidades dos proprietários e o conhecimento de aspectos referentes ao posicionamento da área, do relevo e da luminosidade solar.
A topografia do terreno foi determinante para a edificação da obra em três níveis, mas a escolha somente se concretizou com a percepção de sua relevância para a criação da paisagem arquitetônica.
A garagem privativa, o depósito e o bicicletário estão localizados no primeiro nível, onde ocorrem o fluxo de prestadores de serviço e o acesso diário dos moradores, com privacidade preservada.
No segundo nível encontram-se salas, home theater, cozinha, varanda e áreas de lazer. Um grandioso átrio integra esses ambientes ao terceiro nível através de um painel escultural vazado. O acesso se faz por elevador e por uma escada suspensa em estrutura helicoidal, revestida de mármore, que conduz a quatro suítes amplas e aos quartos de hóspedes.
Os momentos de lazer e festas podem ser vivenciados em ampla área de festa com churrasqueira, home theater, piscina e academia.
O projeto de iluminação ressalta, com suavidade e elegância, os detalhes internos e externos, oferecendo uma luz adequada ao uso, sem ofuscamentos, e uma atmosfera de leveza às fachadas.
Os móveis, importantíssimos complementos da arquitetura, escolhidos em razão de suas funções, aliam plasticidade e conforto. Assumem uma transcendência particular com o design do arquiteto Oscar Niemeyer, no Banco Marquesa, e com a Cadeira Pião, de Thomas Heatherwich.
O conceito arrojado, a forma arquitetônica, o requinte dos materiais de acabamento e a preciosidade dos objetos, revelam a magnificência da obra, ao tempo em que desnudam o belo em toda sua singeleza. “Graça, suavidade, leveza e profundidade alicerçam o projeto e estimulam a convivência entre família e amigos, fator relevante nos projetos residenciais”, afirma Giselle Motta de Paula.