LIVRO RETRATA 50 ANOS DA OBRA DE BORIS KOSSOY

O fotógrafo paulistano Boris Kossoy é, ao lado de Geraldo de Barros, German Lorca e Thomaz Farkas, um dos grandes nomes (…)

Publicado em: 22/08/2011
O fotógrafo paulistano Boris Kossoy é, ao lado de Geraldo de Barros, German Lorca e Thomaz Farkas, um dos grandes nomes da fotografia no século 20. Sua trajetória é apresentada no livro: Boris Kossoy: Fotógrafo - 216 páginas - Editora Cosac Naify, lançado em 2010. Com visual apurado, o livro reúne obras de Kossoy registradas entre 1955 e 2008, além de entrevistas e um texto de apresentação do crítico Jorge Coli.
 
 
Filho de imigrantes judeus, Kossoy apaixonou-se pela fotografia através de veículos de imprensa como a revista O Cruzeiro. Suas primeiras imagens foram feitas com uma câmera de fole. Uma foto desse período está no livro: o registro à contraluz da Avenida São João de 1955 que retrata os áureos tempos do centro da capital paulista. Na ocasião do lançamento do livro, o fotógrafo afirmou ter saudades da São Paulo que se perdeu no tempo e que definia sua relação com a cidade como um misto de amor e ódio.
 
 
Na década de 60, Boris Kossoy realizou a série Viagem pelo Fantástico, com prefácio de Pietro Maria Bardi. Nesta obra, a fotografia documental e jornalística dá lugar a um trabalho mais surreal, focado em personagens como um sujeito vampiresco dançando em um salão deserto do Aeroporto de Congonhas. Parte dessa obra foi recuperada no livro que está disponível no site da editora e livrarias.
 
 
O fotógrafo foi influenciado não apenas por grandes nomes das lentes como o húngaro André Kertész e o francês Eugène Atget como também pelos cineastas Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock, os escritores Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares e os artistas plásticos Edward Hopper e M.C. Escher. Mas Kossoy teve certa resistência às câmeras digitais. “As digitais costumam fazer as pessoas transformar a câmera em metralhadora”, declarou. Além de fotógrafo Boris Kossoy é professor, historiador e crítico.