Exuberância e intimismo no Himitsu, em Atlanta

Bar destaca décor sofisticado e clima de exclusividade com inspiração no estilo speakeasy

Publicado em: 07/01/2016


A atmosfera dos anos 1920 é por si só emblemática e sedutora. Agora imagine adentrar um espaço cuja exuberância está envolta por um clima de mistério e clandestinidade. A entrada exige, além da reserva, um código de teclado que abre uma porta mecânica a uma ante-sala semelhante a uma caixa preta, onde você então faz check-in para uma mesa ou banco. Essa é a cara do bar e restaurante Himitsu, em Atlanta, nos Estados unidos, um cocktail lounge com referências de Tokyo, no maior estilo speakeasy.



Na década de 20, o termo speakeasy era utilizado popularmente para identificar bares restaurantes e salões onde as bebidas eram vendidas ilegalmente. Os clientes eram obrigados a falar de forma discreta para não atrair atenção, daí o termo “speakeasy”. E nesse conceito que o Himitsu – que significa segredo em japonês – aposta, com mistura de texturas no décor e uma composição que beira a teatralidade, mas com muito requinte.



Irmão direto do Umi Sushi, também em Atlanta, o Himitsu foi criado para drinques íntimos. E a exclusividade, que é must do lugar, se destaca também na decoração, responsabilidade do Design Research Studio, comandado por Tom Dixon. Em uma das paredes a obra King of Birds, de Todd Murphy, e no teto as luminárias Melt, compactuam com o clima instigante do Himitsu. É fácil se sentir em uma cena de filme de Woody Allen ou Martin Scorsese ao visitar o lugar!



Tom Dixon nasceu na Tunísia em 1959, mas mudou-se ainda jovem para Londres. Muito ligado à música, tendo abandonado a Chelsea Art School para se dedicar inteiramente a banda “Funkapolitan”, onde tocava baixo, ele não chegou a se formar em Design. Após um acidente de moto, aprendeu a soldar, o que faria diferença mais tarde em seu ofício. Sua “cadeira S”, lançada em 1989, tem lugar cativo no Museu de Arte Moderna de Nova York. Uma das características fortes de Dixon é sua indiferença para os padrões comerciais, nunca se preocupando com o que seria bem aceito ou não.