CASA NÃO PODE SER SHOWROOM

Marcela Passamani acredita que nos projetos devem sempre ser incluídos objetos de acervo pessoal dos moradores.

Publicado em: 19/08/2014
Projetos mirabolantes, cheios de objetos de decoração e seguindo à risca todas as tendências da arquitetura de interiores podem até encantar os olhos e funcionar bem em lojas de artigos de decoração e mostras. No entanto, transportar esse estilo para dentro de casa não é uma boa pedida, de acordo com a designer de interiores e lighting design Marcela Passamani. claro. “A casa não tem que ser showroom. Ela tem que ter a cara dos donos, por isso sempre utilizo objetos do acervo pessoal da família na ambientação da nova residêcia”, explica.


Para este ambiente da Mostra Artefacto, Marcela Passamani aopostou em arte, flores, cores e espelhos que ampliam e dão vida ao espaço.

A profissional, na hora de conceber o layout do projeto, faz uma entrevista completa com os proprietários para definir questões práticas do programa de necessidades, como a quantidade de moradores,o nível de intervenção que pretendem fazer no projeto caso seja uma reforma, quanto pretendem gastar, entre outras questões. Dessa forma, ela consegue subsídios suficientes para ligar com a grande responsabilidade que é lidar com o sonho de alguém. Outra forma que Marcela Passamani trabalha com a ansiedade do cliente é conversando bastante. “O profissional não pode deixar que o excesso de expectativa e de ansiedade comprometam seu trabalho. Portanto, isso tem que ser bem conversado inicialmente”.


Os dois halls possuem o mesmo estilo, o que foi atingido através do uso de dois matizes cromáticos: cinza chumbo e cobre, realçados pelos móveis em tons neutros.

Todos esses cuidados fazem com que o cliente sinta-se à vontade e mais seguro em relação a todo processo. Consequentemente, a designer também se sente mais satisfeita. “Para mim, o cliente ideal é aquele feliz, e eu trabalho duro para que todos possam se sentir assim com nossa parceria”, finaliza.


Os painéis em aço Corten e o piso em madeira de demolição, assinados por Rose Bueno, assim como o papel de parede, tipo mica, na cor bronze, revestem as paredes.

Além deste projeto da Mostra Artefacto Brasília, veja outros projetos do portfólio da designer Marcela Passamani em sua página
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